Em fevereiro de 2011, a inadimplência das empresas apresentou a segunda queda consecutiva na avaliação mensal, com recuo de 1,4% na comparação com janeiro de 2011, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a inadimplência das empresas segue em queda, por conta da atividade econômica ainda aquecida em alguns segmentos e pela maior oferta de crédito para capital de giro e investimentos. Entretanto, na comparação 1º bimestre 2011/2010, há um aumento na inadimplência de 2,7%, efeito da maior quantidade de dias úteis no primeiro bimestre de 2011 em relação ao mesmo período do ano passado.
Decomposição
Na decomposição do indicador, considerando-se a variação de fevereiro 2011 frente a janeiro 2011, nota-se que, nesse período, os cheques devolvidos por falta de fundos avançaram 3,5%, dando uma contribuição de 1,2% para a alta do indicador. No mesmo sentido, os bancos registraram um acréscimo de 2,2% na inadimplência mensal, resultando em uma contribuição para a alta do indicador de 0,6%. Do lado oposto, estiveram os protestos, com queda de 7,9% na variação mensal, dando uma contribuição negativa de 3,2%.
DECOMPOSIÇÃO
Bancos Protestos Cheques sem fundos TOTAL
Variação 2,2% -7,9% 3,5% -1,4%
Peso 25,4% 40,0% 34,6% 100,0%
Contribuição 0,6% -3,2% 1,2% -1,4%
Análise por porte
Na variação mensal, as micro e pequenas empresas tiveram a menor queda na inadimplência, com variação negativa de 1%, seguidas das grandes empresas, com decréscimo de 6%, e médias empresas, com queda de 6,5%.
Já na variação anual, todos os portes apresentaram alta. As micro e pequenas tiveram avanço de 7,9%, as médias de 8,5%, e as grandes de 18,9%.
Valor médio das dívidas
No primeiro bimestre de 2011, as dívidas com bancos tiveram um valor médio de R$ 5.134,90, o que representou um aumento de 8,2% sobre o mesmo período do ano anterior.
Os títulos protestados, por sua vez, registraram no primeiro bimestre do ano um valor médio de R$ 1.674,60, resultando em 8,3% de crescimento ante o acumulado de janeiro e fevereiro de 2010.
Por fim, os cheques sem fundos registraram, no acumulado dos meses de janeiro e fevereiro de 2011, um valor médio de R$ 2.009,59, com elevação de 2,5%, na comparação com o primeiro bimestre do ano passado.